O setor de marketing digital no Brasil está enfrentando uma crise de eficiência, refletindo desafios significativos na otimização de recursos e na geração de resultados tangíveis. As empresas têm se deparado com dificuldades em adaptar suas estratégias às rápidas mudanças do mercado e às expectativas dos consumidores, o que compromete sua performance. É imperativo que as organizações reevaluem suas abordagens, incorporando tecnologias inovadoras e práticas analíticas robustas para reverter esse cenário adverso. A busca por soluções eficazes se torna, assim, uma prioridade para garantir a competitividade no ambiente digital. Aumento nos custos de mídia e queda nas conversões forçam reavaliação de estratégias. Fidelização e automação se consolidam como caminhos para crescer com margem em 2025.
O setor de marketing digital no Brasil passa por uma transformação estrutural em 2025. Após anos de crescimento impulsionado por anúncios pagos, empresas agora enfrentam um cenário de saturação, marcado pela elevação nos custos de mídia e redução nas taxas de conversão. Esse contexto exige uma mudança de foco: da aquisição massiva para a retenção estratégica.
Segundo dados do blog da Shopify Brasil, o custo médio por mil impressões (CPM) no Facebook alcançou R$ 51,00 em setembro de 2024. Em paralelo, segundo a plataforma Yampi, a taxa média de conversão no e-commerce nacional caiu para 1,92%. A combinação desses fatores torna a captação de novos clientes mais cara e menos eficaz.
Apesar do cenário desafiador, o comércio eletrônico segue em expansão. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor deve faturar R$ 224,7 bilhões em 2025, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. O desafio, no entanto, está em alcançar esse crescimento com rentabilidade.
Ferramentas digitais voltadas à fidelização de clientes ganham espaço como alternativa viável. A empresa Smartbis, especializada em clube de benefícios com cashback white label, reporta aumento na demanda por estratégias de recompra baseadas em dados. “Nosso foco é apoiar o varejo na construção de relacionamentos duradouros com os consumidores, incentivando a fidelidade por meio de comportamentos reais de compra”, afirma Eduardo Thomas, fundador da empresa.
No campo da automação, plataformas integradas ao WhatsApp também se destacam. A empresa Whatsplaid GPT, que atua com soluções de inteligência artificial aplicada à mensageria, ressalta a importância da personalização. “O WhatsApp é um canal de alto engajamento, mas sem inteligência e contexto, pode se tornar apenas mais um disparo. Nossa proposta é usar IA para criar jornadas relevantes e segmentadas”, explica a equipe técnica da companhia.
Relatório publicado pela edrone reforça a tendência: o e-commerce brasileiro ultrapassou os R$ 200 bilhões em faturamento em 2024 e pode atingir R$ 234 bilhões em 2025, impulsionado por tecnologias como automação, inteligência artificial e comércio via dispositivos móveis.
A mudança no modelo operacional impacta também o perfil do profissional de marketing. A demanda cresce por habilidades em análise de dados, retenção de clientes, construção de comunidades e uso estratégico de inteligência preditiva. Indicadores como valor do tempo de vida do cliente (LTV), taxa de recompra e engajamento passam a nortear decisões de investimento.
Diante desse novo cenário, o modelo de aquisição contínua e acelerada dá lugar à busca por eficiência e profundidade no relacionamento com o consumidor. A sustentabilidade do crescimento passa, agora, pela eficiência nas relações com o consumidor — antes que o investimento se transforme em prejuízo.




